ESTUDOS INTERDISCIPLINARES EM GEOGRAFIA


A importância dos mapas principalmente na Geografia é fundamental. Mapas são produções culturais de discursos sobre o território. Assim sendo, é possível através dos mapas ler a sociedade como um todo. A importância dos mesmos reside na sua leitura, e não exclusivamente na sua elaboração técnica. Pode-se estabelecer aqui um paralelo entre a entre a leitura de textos e a de mapas: aprendemos a ler criticamente textos, chegando ao refinamento de desvendar sua ideologia, intenções e opções teórico-metodológicas, mas não aprendemos a fazer exercício semelhante em relação aos mapas. O exercício da leitura crítica de material escrito nos orienta na produção de nossos próprios textos. Os mapas copiamo-los, literalmente, ou produzimo-los sob um conjunto rígido de técnicas e, pior, não percebemos o conteúdo ideológico e, às vezes, até mitológico do que estamos produzindo. ( Texto adaptado).

Considerando o texto e seus estudos realizados ao longo do curso, pode-se explicar o papel da representação espacial na construção do conhecimento crítico e reflexivo da realidade, no ensino da Geografia. Portanto, está correto o que se afirma em:

I. A cartografia é uma linguagem que permite ao estudante compreender as diversas representações do mundo, seja ela espacial, política, econômica, simbólica, cultural, religiosa, social, ambiental, etc).

II. A alfabetização cartográfica no ensino de Geografia, possibilita que os estudantes aprendam a interpretar relações (seja de poder, sociedade/natureza, de temporalidade, causa/efeito), processos e fenômenos.

III. A elaboração de mapas possibilita que os estudantes materializem conceitos geográficos como escala, lateralidade, topologia, extensão, dinâmica, distâncias, entre outros e, também que contextualizem seus próprios conhecimentos acerca da realidade em que vivem.

IV. O mapa  é uma ferramenta importante na formação de um leitor espacial crítico, para aquele que consegue compreender a dinâmica de poder contida nas informações representadas e relacioná-las às práticas espaciais.

V. O mapa não contribui para a leitura do território e muito menos para a de mundo, somente uma leitura abstrata de determinados espaços nos leva ao entendimento geográfico dos espaços.

Está correto o que se afirma em:

 

 

 


I, III, V. 


I, III, IV, V. 


III, IV. 


I, II, III, IV. 


I, II, III, IV, V. 

Na cidade, a distância entre os desiguais não se opera mais, a partir da lógica de periferização dos mais pobres e de destinação, aos mais ricos, das áreas centrais e pericentrais, as mais bem dotadas de meios de consumo coletivo ( infraestruturas, equipamentos e serviços urbanos). Os sistemas de segurança urbana oferecem condições para que a separação possa se aprofundar, ainda que justaponham, no "centro" e na "periferia", segmentos sociais com níveis desiguais de poder aquisito e com diferentes interesses de consumo.                                                      ( Texto adaptado).

 

Considerando novas e velhas dinâmicas da segregação espacial nas cidades brasileiras na contemporaneidade, avalie as afirmações a seguir:

I. A segregação espacial é consequência da existência dos sistemas de segurança, que promovem a segregação dos ricos em relação aos pobre.

II. A segregação espacial tem relação com as diferenças de classes sociais, que resultam na fragmentação do espaço em áreas com melhores condições de infraestrutura e outras com escassez de serviços urbanos.

III. O uso dos sistemas de segurança vem permitindo que a segregação espacial possa aprofundar-se, opondo diferentes segmentos e classes sociais, tanto no centro quanto em outras áreas das cidades.

Está correto o que se afirma em:


I, II, III. 


II. 


I. 


I, III. 


III. 

Os britâncos decidiram sair da União Européia (UE). A decisão do referendo abalou os mercados financeiros de modo geral em meio às incertezas sobre os possíveis impactos dessa saída.  A seguir, os gráficos apresentam, respectivamente, as contribuições dos países integrantes do bloco para a UE, em 2014, que somam 144,9 bilhões de euros, e a comparação entre a contribuição do Reino Unido para a UE e a contrapartida dos gastos da UE com o Reino Unido.  ( Texto adaptado). 

Considerando o texto apresentado, as informações do gráfico e os conhecimentos adquiridos ao longo do seu curso, assinale a opção correta: 


A diferença da contribuição do Reino Unido em relação ao recebido no bloco econômico de 38,94%. 

 

 


A soma das participações dos três países com maior contribuição para o bloco econômico supera 60%. 


O percentual de participação do Reino Unido com o bloco econômico em 2014 foi de 17,8%, o que o colocou entre os quatro maiores participantes.  


A contribuição dos quatro maiores países do bloco somou 41,13%.  


A contribuição do grupo “Outros países” para o bloco econômico foi superior à soma dos dois países com maior participação.

Observe atentamente as imagens que segue:

Existem diferenças fundamentais no processo de urbanização de países desenvolvidos e subdesenvolvidos. Um dos exemplos de cidade de país desenvolvido é Frankfurt, na Alemanha, e um outro exemplo de cidade em país subdesenvolvido é Cabul, no Afeganistão.

Com base no enunciado e nas figuras acima, assinale a opção que expressa características de urbanização em países desenvolvidos e subdesenvolvidos, respectivamente.


C. Formação de rede urbana acelerada e direcionada para um número reduzido de cidades; existência de rede urbana moderna, mas inacabada na maioria dos países.
D.  Formação de rede urbana mais antiga, ligada à Segunda Revolução Industrial; existência de rede urbana mais recente, em especial após a Segunda Guerra Mundial.
E. Formação de rede urbana mais aberta e inconsolidada; existência de rede urbana mais antiga, em especial após a Primeira Guerra Mundial.
A.  Formação de rede urbana mais densa e interligada; existência de rede urbana bastante rarefeita e incompleta na maioria dos países.
B. Formação de rede urbana mais recente, ligada à Primeira Revolução Industrial; existência de rede urbana bastante simples, mas completa na maioria dos países.

É possível identificar várias áreas nas quais a urbanização se deve diretamente à consecução do agronegócio globalizado. Como é notório, a modernização e expansão destas atividades promovem o processo de urbanização e de crescimento das áreas urbanas, cujos vínculos principais se devem às inter-relações cada vez maiores entre campo e cidade.

ELIAS, D. Globalização e fragmentação do espaço agrícola do Brasil. Scripta Nova. v. X, 218 (03), 1/8/2006. Disponível em: .

 

As inter-relações entre campo e cidade mencionadas no texto referem-se à presença de:


trabalhadores urbanos nos campos, como meio de fuga dos problemas das cidades diante da globalização econômica.
atividades agrícolas nas cidades pequenas e médias do Brasil, como plantio de subsistência nas suas periferias.
atividades urbanas nos espaços rurais, como bancos e cooperativas, que passam a financiar e comandar a produção agrícola globalizada.
agricultores que comandam cidades e impõem suas lógicas à produção dos espaços urbanos, criando o “rururbano”.
serviços altamente especializados em algumas cidades, para atender às demandas de atividades agrícolas globalizadas, como a agricultura científica.

É possível identificar várias áreas nas quais a urbanização se deve diretamente à consecução do agronegócio globalizado. Como é notório, a modernização e expansão destas atividades promovem o processo de urbanização e de crescimento das áreas urbanas, cujos vínculos principais se devem às inter-relações cada vez maiores entre campo e cidade.

ELIAS, D. Globalização e fragmentação do espaço agrícola do Brasil. Scripta Nova. v. X, 218 (03), 1/8/2006. Disponível em: .

 

As inter-relações entre campo e cidade mencionadas no texto referem-se à presença de:


atividades agrícolas nas cidades pequenas e médias do Brasil, como plantio de subsistência nas suas periferias.
trabalhadores urbanos nos campos, como meio de fuga dos problemas das cidades diante da globalização econômica.
agricultores que comandam cidades e impõem suas lógicas à produção dos espaços urbanos, criando o “rururbano”.
serviços altamente especializados em algumas cidades, para atender às demandas de atividades agrícolas globalizadas, como a agricultura científica.
atividades urbanas nos espaços rurais, como bancos e cooperativas, que passam a financiar e comandar a produção agrícola globalizada.

A imigração haitiana para o Brasil passou a ter grande repercussão na imprensa a partir do ano de 2010. Devido ao pior terremoto do país, muitos haitianos redescobriram o Brasil como sendo uma rota alternativa para migr4ação. O país já havia sido uma alternativa para os haitianos desde 2004, e isso se deve à reorientação da política externa nacional para alcançar liderança regional nos assuntos humanitários.  A descoberta e a preferência pelo Brasil sofreram influência da presença do exército brasileiro no Haiti, que intensificou a relação de proximidade entre brasileiros e haitianos. Em meio a esse clima amistoso, os haitianos presumiram que seriam bem acolhidos em uma possível migração ao país que passara a liderar a missão da ONU. No entanto, os imigrantes haitianos têm sofrido ataques xenofóbicos por parte da população brasileira. Uma das grandes cidades brasileiras recentemente serviu como palco para uma marcha anti-imigração, com demonstrações de um crescente discurso de ódio em relação a povos imigrantes marginalizados. Observa-se, na maneira como esses discursos se conformam, que a reação de uma parcela dos brasileiros aos imigrantes se dá em termos bem específicos: os que sofrem com a violência dos atos de xenofobia, em geral, são negros e têm origem em países mais pobres.                                                                ( Texto adaptado).

A partir das informações acima, conclui-se que:


As reações xenófabas estão relacionadas ao fato de que os imigrantes são concorrentes diretos para os postos de trabalho de maior prestígio na sociedade, aumentando a disputa por boas vagas de emprego.
O nacionalismo exarcebado de classes sociais mais favorecidas, no Brasil, motiva a rejeição aos imigrantes haitianos e a perseguição contra os brasileiros que pretendem morar fora do seu país em busca de melhores condições de vida.
O acolhimento promovido pelos brasileiros aos imigrantes oriundos de países do leste europeu tende a ser semelhante ao oferecido aos imigrantes haitianos, pois no Brasil vigora a ideia de democracia racial e do respeito às etnias.
A crescente onda de xenofobia que vem se destacando no Brasil evidencia que o preconceito e a rejeição por parte dos brasileiros em relação aos imigrantes haitianos é pautado pela discriminação social e pelo racismo.
O processo de acolhimento dos imigrantes haitianos tem sido pautado por características fortemente associadas ao povo brasileiro:a solidariedade e o respeito às diferenças.

Observe atentamente as imagens que segue:

Existem diferenças fundamentais no processo de urbanização de países desenvolvidos e subdesenvolvidos. Um dos exemplos de cidade de país desenvolvido é Frankfurt, na Alemanha, e um outro exemplo de cidade em país subdesenvolvido é Cabul, no Afeganistão.

Com base no enunciado e nas figuras acima, assinale a opção que expressa características de urbanização em países desenvolvidos e subdesenvolvidos, respectivamente.


C. Formação de rede urbana acelerada e direcionada para um número reduzido de cidades; existência de rede urbana moderna, mas inacabada na maioria dos países.
D.  Formação de rede urbana mais antiga, ligada à Segunda Revolução Industrial; existência de rede urbana mais recente, em especial após a Segunda Guerra Mundial.
E. Formação de rede urbana mais aberta e inconsolidada; existência de rede urbana mais antiga, em especial após a Primeira Guerra Mundial.
A.  Formação de rede urbana mais densa e interligada; existência de rede urbana bastante rarefeita e incompleta na maioria dos países.
B. Formação de rede urbana mais recente, ligada à Primeira Revolução Industrial; existência de rede urbana bastante simples, mas completa na maioria dos países.

Analise os gráficos:

Com base na projeção da população brasileira para o período 2010-2040 apresentada nos gráficos, avalie as seguintes asserções.

Constata-se a necessidade de construção, em larga escala, em nível nacional, de escolas especializadas na Educação de Jovens e Adultos, ao longo dos próximos 30 anos.

PORQUE

Haverá, nos próximos 30 anos, aumento populacional na faixa etária de 20 a 60 anos e decréscimo da população com idade entre 0 e 20 anos.

A respeito dessas asserções, assinale a opção correta:

 


D. as duas asserções são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa da primeira.
C. a primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda, uma proposição falsa.
E. tanto a primeira quanto a segunda asserções são proposições falsas.
B. as duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira.
A. a primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda, uma proposição verdadeira.

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) constitui-se como movimento social no conflito político com o Estado e latifundiários, em que o modelo agrário dos militares, que exacerbava a problemática social no campo, foi questionado pelos sem-terra.

(SILVA, E.N. Formação e Ideário do MST. São Leopoldo: Unisinos, 2004. p. 32)

Nesse sentido, é correto afirmar que:


a. Os sem-terra organizaram-se para pressionar o poder público contra o modelo agrícola que mantém a estrutura fundiária pouco alterada.
d. Os sem-terra buscam, através da grilagem de terras, o acesso à pequena propriedade familiar, porque se opõem ao atual sistema de distribuição de terras no campo.
b. O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra surgiu depois que o Estado passou a investir na produção de transgênicos, causando uma crise estrutural no setor.
e. Os sem-terra questionam o modelo agrícola exportador, sem entrar no mérito da questão da concentração da propriedade fundiária, já que a sua principal reivindicação é a obtenção de terra para agricultura familiar.
c. Os sem-terra entraram em conflito com o modelo agrário dos militares que legislaram contra o trabalho assalariado no campo.
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